quarta-feira, 30 de setembro de 2009

NARCISO E A POLIGAMIA








Na época em que se vivia na natureza, livres e sem pudores do corpo e da alma, os espíritos dos homens refletiam a beleza universal. Hoje somos filhos do concreto e da pressa, expressamos nossas idéias com opiniões que serão contraditadas e incessantemente nos cobram respostas para tudo, os conceitos e os preceitos.
Assim, Vik Muniz espelha a humanidade em busca de si mesma, reflexo de Narciso se examinando na poça solitária. Enquanto isso, as Ninfas de John Waterhouse que cercam Hylas no lago das efemérides, são a ilusão de que somos muitos, a nação de irmãos desejando uma única vida iluminada.
O mito da auto-indulgência que nos torna complacentes com as idiossincrasias desimportantes que se acumulam ao longo de nossas histórias pessoais se confronta com a origem atávica do instinto disseminatório que estimula a proficiência social e juntos encontram o campo fecundo da atmosfera psicoenergética virtual expansível ao grau extremo da atualidade, aonde emulam bastardas digressões quiméricas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oh! You have collected some of my favorites. I shall return!